Nasci num outubro comum,
em meio às alegrias do Mundo,
que fingiu ser feliz
para dar esperanças aos desamparados.
Primaveril, sou tudo
e finjo da mesma maneira...
Sou placebo vivo e existo,
apesar de só existir no intenso inverno que visto
Sem me preocupar com o resto que me rodeia.
Sou quatro ou cinco em um:
o próprio e os cavaleiros do apocalipse
difundidos na proposta de fazer com que se matem...
os homens e os meninos,
as mulheres e as vadias,
as velhas,
os velhos
e o sonho que até pouco tempo dizia
haver paz em algum lugar.
Somente na utopia, eu diria.
Sou o ceifador.
Sou a morte no morto
e sua lúgubre e angustiada alma,
a qual grita incessantemente por misericórdia
em meio a minha gargalhada triunfante,
que acena seu breve não com meus olhos diabólicos.
Sou o desejo insaciável da loucura,
a qual penetra a mente dos fracos
e até os fortes se veem desestabilizados,
ansiando e venerando a mais pura sinceridade
que é ter existido por querer e querer ter sido em vão.
A morte em seu frenesi agoniza
e, por ser parte da mesma,
parto cavalgando para o Além que criei,
onde putrefaço as esperanças um dia criadas
e onde torno esquecimento
toda Ilusão que outrora foi despertada
Para endeusar o genuíno Egocêntrico,
Que sente medo.
Que sofre.
E que jaz
na fé que o mesmo precisou criar para que se tornasse algo.
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